domingo, fevereiro 05, 2012

Museu Machado de Castro, Coimbra

Ah, como eu desejaria lançar ao menos numa alma alguma coisa de veneno, de desassossego e de inquietação. Isso consolar-me-ia um pouco da nulidade de acção em que vivo.

Perverter seria o fim da minha vida.

Livro do Desassossego, Bernardo Soares

sexta-feira, dezembro 23, 2011

sábado, junho 18, 2011

Seis meses depois

(...)
Que a vida inteira ficará comigo
Agradecendo a graça do ter sido

Assim pudesse o tempo regressar
Recomeçarmos sempre como o mar

Sophia de Mello Breyner

sábado, abril 09, 2011

Coda

E voou ...




sábado, julho 17, 2010

Porque morre o Poeta

Sempre que a dor foi grande, matei o Poeta.
Quase sempre o crime foi passional, outras foi fortuito.

terça-feira, setembro 22, 2009

Manuescrever

Na era pré teclado escrever era, primeiro que tudo, um prazer físico. A simbiose entre a mão mandante e a caneta obediente resultava numa epifania apaixonada. Tudo isto independentemente de se escrever a mais enjoativa das carta de amor ou a mais malcriada das cartas de reclamação.
Escrever era também uma forma de exposição pessoal. Para os grafólogos um quase strip tease de personalidade.

Agora que os ts se apresentam num aprumo militar, que todos os is têm pintas de tamanho adequado, que a barriga dos gs não interrompe a linha de baixo e os fs não interrompem as linhas de cima e de baixo a distinção faz se por uma série de conceitos técnicos: fonte, glifo, tamanho, efeito, cor, espaçamento, etc.

A escrita deixou de ser uma arte manual para se tornar numa competência tecnológica. E não escrevemos melhor...